Esta iniciativa surgiu no seguimento da recriação do Fado Dançado pela Associação Batoto Yetu Portugal.
O Fado, cujas origens nas mourarias de Lisboa têm como palavras embrionárias o “Khado” (mourisco que significa “cantilena”) e o “Fatum” (Latim que significa destino/fatalidade), teve os seus maiores momentos na “Lisboa boémia” de meados do séc. XIX. Nesse período o Fado esteve associado à dança com fortes influências afro-brasileiras, tendo surgido nos contextos populares de Lisboa como forma de retratar a vida do quotidiano. Em finais de 1926 o Fado deixa de ser dançado para passar a ser cantado, transformando-se num símbolo da identidade nacional (hoje Património Imaterial da Humanidade). Esperamos desta forma contribuir para uma melhor compreensão da cultura portuguesa bem como para a divulgação da importância da cultura angolana, cabo-verdiana e brasileira no aparecimento e reconhecimento daquele que é considerado o maior património imaterial em Portugal. Com efeito, o Fado surgiu em Lisboa associado à dança nos seus contextos mais populares, vamos percorrer nestas visitas guiadas espaços frequentados pelos portugueses de origem africana, e referencias ou imagens onde essa socialização tinha lugar.