DIGITAL AFRICAN MEMORY

C
IDADE ANTIGA
3000 A.C. – c. 1800 A.C. | Calcolítico

Rede de povoados campaniformes: pequenas unidades de povoamento, de raiz familiar. Necessidade de visualização do espaço a grande distância (controle) e algum tipo de fortificação.

2000 a.C. até c. 800 a.C. | Idade do Bronze

Centralização de antigos povoados: emergência de centros de poder político-económico, em altura, dominantes sobre a paisagem e sobre outros núcleos de povoamento. Elites indígenas que serão as interlocutoras com os fenícios povo africano do norte de áfrica (chegados provavelmente ainda no séc. IX a.C., a julgar pelas datações em Almaraz).

1070 A.C. | Talinka é erguida

Bratrikus entrou pelo sul da península ibérica e ergue a sua capital em talikha, perto da sevilha atual

878 A.C. | Fenícios

Povos Fenícios de origens norte africanas anteriores ao colonialismo árabe, fundaram Cartago. Nas próximas centenas de anos vagas de comércio fenício e fenício ocidental (cartagineses) chegam a Olisipo.

750 a.C. a 138 a.C. | Olisipo
Surge o povoado, mais tarde conhecido por Olisipo (-ipo significa «lugar num alto», na língua turdula do sul peninsular), na colina do Castelo e junto à frente ribeirinha.
700 a 646 A.C. | Presença do Faraó Taharka na Península Ibérica
Presença na península Ibérica do general Kemetiano (antigo Egito) Taharka (tarraca em latim) mais tarde torna-se faraó por renúncia do seu tio. Último rei nubiano que governou o Egito. Taharqa, era filho de Piye e assumiu o trono em 690 a.C., após a morte do tio Shabaka. Notabilizou-se como guerreiro e chefe militar antes mesmo de virar faraó. Presença atual do olho egípcio protetor nos barcos de pescadores da Costa da Caparica, e dos amuletos em forma de escaravelho encontradas nas escavações arqueológicas no vale do Sado e noutros locais da Iberia.
400 A.C
218 a.C. até 201 a.C. | Guerras Púnicas

II Guerras Púnicas. Guerras Púnicas – Guerra de Roma contra os povos africanos do norte de África – Cartagineses. Presença na Ibéria de Hannibal o africano que pediu ajuda aos povos locais para lutar contra Roma com os seus elefantes couraçados.

200 A.C.
100
200
300
409 | Invasão Bárbara

Invasão do Império Romano pelos povos ditos bárbaros. Vândalos, alanos e suevos dirigem-se para a Península Ibérica.

468 | Visigodos
O último governador romano da cidade de Olisipo, Lusidius, transfere o poder para o rei suevo. A cidade terá passado para o governo dos visigodos, pouco tempo depois.
476 | Fim do Império Romano do Ocidente
Fim do Império Romano do Ocidente.
500
600
711 | Início da presença muçulmana na Península Ibérica.

Dinastias mais africanizadas eram as dos Almorávida (1086) e Almóada (1145), no meio entre as duas, assim como antes e após elas, houve reinos independentes e fracionados, as«taifas», até aos últimos dias de reinos de muçulmanos do al-Andalus em 1492;

Quer durante, quer fora dos governos «mais africanizados», os árabes (principalmente iemenitas, egípcios, sírios) ficaram maioritários, do ponto de vista numérico, se comparados aos próprios amazigh (berberes); mas há presença de berberes já na Península (nomeadamente no ocidente) já antes de haver al-Andalus (antes de 711);

Esta não foi uma invasão (ou uma ocupação), nem propriamente um convite, mas uma conquista relativamente pouco beligerante e por vezes favorecida pelas elites, às quais em alguns casos foi deixado um certo poder local. Por isso foi rápida, tendo em conta que os visigodos estavam em grande crise (económica, cultural, etc.) e os muçulmanos estavam na madrugada do apogeu da sua civilização (logo levavam consigo conhecimento, novas instituições, maiores possibilidade de riqueza, etc.); além disso, a própria instituição islâmica do dhimmah (pacto de proteção e convivência), permitia a pacífica convivência entre judeus, cristãos e muçulmanos, facilitou o espalhar-se do poder islâmico, a migração continuou ao longo de décadas.

714 | Conquista muçulmana de Olisipona
Conquista muçulmana de Olisipona. A cidade ganha novo nome, Al – Ushbuna.