Idade Média
Finais do século XI e meados do século XII
800
900
1000
1100
1147 | D. Afonso Henriques conquista Al-Ushbuna
1170 | Foral aos mouros forros de Lisboa, por D. Afonso Henriques
1200
1300
1348 - Peste Negra
1391 | O movimento antijudaico em Espanha
1400
1415 | Início da expansão marítima portuguesa e das guerras de conquista
1441 | Antão Gonçalves traz os primeiros povos africanos escravizados para Portugal
Antão Gonçalves traz os primeiros povos africanos escravizados para Portugal, da costa norte da Mauritânia. Três anos mais tarde, um grupo de algarvios associado numa espécie de companhia temporária armou seis caravelas e alcançou a costa da Mauritânia e regressou com 235 pessoas escravizadas.
A maioria destas pessoas escravizadas seriam povos amazigh do norte de áfrica (berberes), mas também povos do oeste de áfrica e do oriente europeu povos eslavos (brancos escravizados que deram origem ao termo slave – escravo durante o domínio otomano na região do leste da europa) – os navios negreiros dos muçulmanos juntavam pessoas de várias origens. A escassez de mão de obra terá levado à intensificação do corso e pirataria, e ao aproveitamento de pessoas escravizadas para trabalhos rurais. A redescoberta das Canárias trouxe um novo mercado de aprovisionamento. No Tratado de Alcáçovas, Portugal reconheceu a soberania castelhana das ilhas, abandonando qualquer pretensão no Tratado de Toledo, a 6 de março de 1480. Os povos africanos que habitavam as ilhas (guanches canarinhos) foram conhecidos em Portugal, apesar de não termos números de escravizados. Com a chegada às costas da Guiné (1441) o mercado alargou-se e especializou-se. A grande maioria destas pessoas escravizadas eram vendidas para Castela, Aragão e outros reinos europeus. Só uma parte permanecia nas plantações de açúcar e em outros serviços agrícolas e domésticos da Madeira e Portugal. Até 1475, milhares de pessoas escravizadas entraram e permaneceram em Portugal.